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Comissão aprova projeto que aumenta pena de quem discriminar pessoa com transtorno do espectro autista (TEA)

Proposta inclui tambĂ©m discriminação contra TDAH e visão monocular. Pena pode ser aumentada em 1/3

Por Agência Câmara de Notícias em 10/01/2024 às 18:40:03
Claudio Reis/Câmara dos Deputados

Claudio Reis/Câmara dos Deputados

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com DeficiĂȘncia da Câmara dos Deputados aprovou proposta que aumenta em 1/3 a pena de quem praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa com transtorno do espectro autista (TEA), do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) ou visão monocular. O texto aumenta ainda a pena no mesmo 1/3 quando o ato for cometido por professor no exercício da função.

A proposta acrescenta a medida ao Estatuto da Pessoa com DeficiĂȘncia (Lei 13.146/15). Atualmente, a pena geral para quem praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiĂȘncia é reclusão de um a trĂȘs anos e multa.

O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo relator, deputado Sargento Portugal (Podemos-RJ), aos projetos de lei 1600/23, do deputado Bruno Farias (Avante-MG), e 4203/23, do deputado Mario Frias (PL-SP). O substitutivo reúne o conteúdo das propostas e amplia a medida.

Originalmente, o projeto de Bruno Farias tratava apenas do TEA, mas Sargento Portugal considerou importante incluir outros transtornos na proposição. Ele acredita que o aumento de pena pode desencorajar agressores.

"O TEA é um transtorno neurobiológico que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social. Muitas vezes as vítimas com TEA podem ser mais vulnerĂĄveis e ter dificuldades em se proteger ou em relatar abusos", afirmou o relator, especificamente sobre o autismo.

Educação
JĂĄ a proposta de Mario Frias trata originalmente do aumento de pena em caso de discriminação da pessoa com deficiĂȘncia cometida por professor no exercício da função. "O aumento de violĂȘncia psicológica dentro de sala de aula leva à tomada de medidas mais rígidas para frear, coibir e inibir a discriminação em razão da autoridade dos agentes de educação sobre seus alunos", avaliou Sargento Portugal.

Ele observou, por outro lado, que a violĂȘncia psicológica nas escolas pode estar relacionada à falta de profissionais da educação capacitados para trabalhar com a inclusão.

Tramitação
Os projetos ainda serão analisados pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de serem votados pelo PlenĂĄrio.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei



Fonte: AgĂȘncia Câmara de NotĂ­cias

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